Acesso Oftalmologia

Os principais sintomas da catarata são: sensação de visão embaçada, alteração contínua da refração (grau dos óculos), maior sensibilidade à luz, espalhamento dos reflexos ao redor das luzes e percepção que as cores estão desbotadas. Geralmente há uma piora da miopia com redução da visão em baixo contraste e baixa luminosidade, principalmente para longe, comparativamente à visão para perto. Somente o oftalmologista poderá solicitar os exames necessários para a confirmação do diagnóstico, bem como, indicar o melhor procedimento cirúrgico para tratamento.

O Pterígio, popularmente chamado de “carne no canto do olho”, consiste em uma lesão benigna causada pelo crescimento fibrovascular de um tecido conjuntival  em direção à córnea. Sua denominação vem do grego pteron (asa) como referência ao seu formato triangular. O pequeno espessamento rosado e algumas vezes elevado usualmente se forma no canto interno do olho, porém pode ocorrer na porção externa da conjuntiva.

O pterígio é uma lesão que geralmente cresce lentamente ao longo da vida. Em algumas situações tende a se estabilizar e parar de crescer. Em casos avançados, o pterígio pode crescer de tal maneira que cobre a pupila e interfere com a visão.

É uma doença ocular não inflamatória que afeta o formato e a espessura da córnea, provocando a percepção de imagens distorcidas.

Na sua fase inicial, o ceratocone apresenta-se como um astigmatismo irregular, levando o paciente a trocar o grau com frequência . O Ceratocone resulta em uma redução da rigidez e da espessura da córnea, a camada mais externa do olho. Em alguns casos, esse enfraquecimento faz com que a córnea apresente um formato de cone, o que dá o nome à doença. A córnea é uma das duas lentes naturais do olho (juntamente com o Cristalino), responsável em focalizar os raios de luz diretamente na retina.

Doença ocular causada principalmente pelo aumento da pressão dentro do olho (chamada de pressão intra-ocular – PIO). Essa elevação da pressão, provoca lesões no nervo ótico, e como consequência, o comprometimento da visão que, se não tratado adequadamente, pode levar à cegueira.

A miopia é um erro refrativo no qual a imagem dos objetos no olho é focada incorretamente, isto é, os objetos são focados à frente da retina, fazendo com que a visão dos objetos distantes pareça turva. O míope é o indivíduo que padece de miopia e que apresenta dificuldade em ver ao longe. Um doente míope pode ler facilmente a tabela de Jaeger (leitura de perto), mas possui dificuldades para ler a tabela de Snellen (leitura de longe).

O Astigmatismo é um erro refrativo comum no qual o olho não foca a luz uniformemente sobre a retina (tecido sensível à luz na parte de trás do olho). Caracteriza-se por um efeito óptico resultante de uma curvatura desigual da córnea e mais raramente do cristalino ou do globo ocular como um todo. O efeito de distorção da imagem causado por alteração no formato córnea faz com que a luz foque em pontos diferentes levando a uma visão embaçada. É como se fosse uma TV desfocada, onde vemos fantasmas ao redor das imagens. A intensidade disso terá variação de acordo com a gravidade do problema e o esforço visual de cada paciente.

O astigmatismo ocorrerá quando a córnea apresentar uma maior curvatura em um determinado sentido do que no outro. O paciente com Astigmatismo terá dificuldade para enxergar tanto de longe quanto de perto. A córnea que normalmente é redonda (esférica), no caso de Astigmatismo apresentará uma forma ovalada, também chamado de “oblonga” (parecida com uma bola de futebol americano).

Denomina-se “astigmata” o paciente com Astigmatismo. Estes pacientes apresentam dificuldade para ler um simples texto ou ver pequenos detalhes. O Astigmatismo pode ainda estar associado a outros erros refrativos (miopia, hipermetropia, presbiopia) ou doenças dos olhos (ceratocone, cicatrizes corneanas).

É um distúrbio que afeta o paralelismo entre os dois olhos, que apontam para direções diferentes. Ele pode ser classificado em convergente (esotropia), quando um ou ambos os olhos se movem para dentro, na direção do nariz; em divergente (exotropia), quando um ou os dois olhos se deslocam para fora e em vertical (hipertropia), quando o deslocamento ocorre para cima ou para baixo. Esses desvios oculares podem ser constantes e ocorrer sempre no mesmo olho (monoculares) ou manifestar-se ora num, ora no outro olho (alternantes).

Podem, ainda, ser intermitentes (surgem só de vez em quando) ou latentes, também chamados de forias, quando a perda do alinhamento só fica visível sob certas condições, o que ocorre nas fotografias, por exemplo. O estrabismo pode surgir nos primeiros meses de vida, nas crianças maiores e nos adultos por diferentes razões. Até os três meses de idade, a falta de controle do movimento dos olhos não caracteriza a alteração.

A hipermetropia é um erro de refração que faz com que a imagem seja focada atrás da retina. Dessa forma, a capacidade refratária é alterada em relação aos olhos com visão normal. A hipermetropia causa dificuldade para enxergar objetos próximos e principalmente para leitura de textos.

A retinopatia diabética (RD) é uma doença que afeta os vasos da retina, região do olho responsável pela formação das imagens enviadas ao cérebro. O aparecimento da retinopatia diabética está relacionado principalmente ao tempo de duração do diabetes e ao descontrole da glicemia. Quando o diabetes não está controlado, a hiperglicemia desencadeia várias alterações no organismo que, entre outros danos, levam à disfunção dos vasos da retina.

A retina é uma membrana muito fina, flexível e delicada que reveste a superfície interna da parte posterior do globo ocular. Na retina o estímulo luminoso é transformado em estímulo nervoso, enviando este sinal ao cérebro, através do nervo óptico, que processa a visão. É graças a ela que conseguimos interpretar as imagens. Se pudéssemos comparar o olho a uma câmera fotográfica antiga, a retina seria o filme da câmera.

A retina não possui nenhum elemento de fixação especial que a prenda ao globo ocular.  É o vítreo, uma substância gelatinosa e transparente, situada entre ela e o cristalino, que a mantém na posição anatomicamente adequada, ou seja, em contato com outras estruturas que lhe garantem suporte e nutrição (vasos sanguíneos e nutrientes).

Descolamento de retina é uma alteração que se caracteriza pelo desprendimento dessa estrutura da superfície interna do globo ocular. Essa separação interrompe o fornecimento de nutrientes e promove a degeneração celular.

O descolamento da retina é uma urgência médica. Se não for tratado convenientemente e depressa, pode evoluir para perda total da visão.

É deslocamento ou descolamento de retina?

Ambos os termos podem ser usados, mas os oftalmologistas preferem usar descolamento.

Dizemos que o paciente tem ptose palpebral quando a pálpebra superior está em uma posição mais baixa que o normal. Pode acontecer em uma ou em ambas as pálpebras. Pode ser congênita (estar desde o nascimento), ou adquirida (aparecer com o tempo devido a traumas ou pelo próprio envelhecimento).

A ptose congênita em geral é ocasionada por má formação do músculo responsável por manter a pálpebra aberta, podendo ter graus variáveis de comprometimento muscular e consequentemente de severidade da ptose.

As ptoses adquiridas normalmente ocorrem por desinserção do músculo elevador da pálpebra de sua posição normal.

A ptose também pode fazer parte de doenças sistêmicas, como a miastenia gravis.

A dermatocálase (dermato = pele, calase = frouxidão, flacidez) ou blefarocálase é o nome técnico dado ao excesso de pele nas pálpebras que ocorre nas pessoas com o avançar da idade.

O surgimento da dermatocálase é um processo natural do envelhecimento que ocorre devido ao aumento da frouxidão dos tecidos. Neste caso ocorre na região ao redor dos olhos. Ocorre também um processo de perda de gordura na face levando a uma perda da sustentação destes tecidos, que junto com a força da gravidade, acaba por causar uma queda da pele ao redor dos olhos e em toda a face. A época em que isso começa a ocorrer varia muito; em algumas famílias já se nota desde cedo, em torno dos 35 a 40 anos, mas na maioria das vezes ocorre em torno dos 60 anos de idade.

Calázio é um pequeno cisto ou nódulo, tipicamente entre 2 e 8 mm, com um aspecto de “inchaço ou caroço na pálpebra”. Pode desenvolver-se na pálpebra inferior ou na pálpebra superior, embora seja mais frequente na superior. O calázio pode afetar apenas um olho ou os dois olhos.

É uma doença frequente e muitas vezes desaparece espontaneamente (sem qualquer intervenção). Não é uma doença maligna e não é contagiosa. De um modo geral, o calázio não é perigoso e não afeta a visão. O nódulo não é suficientemente grande para distorcer a superfície ocular e causar redução da acuidade visual. Contudo, em determinadas circunstâncias a visão pode ser afetada se o inchaço for considerável.

Consiste numa inflamação das glândulas de Meibomius, que são glândulas sebáceas que se encontram situadas perto das raízes dos cílios e que produzem uma secreção gordurosa. Esta inflamação resulta da obstrução da abertura destas glândulas.

O calázio é mais comum em pessoas com problemas como seborreia, acne, rosácea, blefarite crônica e em pessoas com conjuntivites recorrentes.

Ficou com alguma dúvida?